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POSSO ESPERAR MINHA PERDA AUDITIVA PIORAR PARA COMEÇAR A USAR APARELHOS AUDITIVOS?

POSSO ESPERAR MINHA PERDA AUDITIVA PIORAR PARA COMEÇAR A USAR APARELHOS AUDITIVOS?

No mercado de aparelhos auditivos ainda vivemos impactos de estigmas antigos: aparelhos auditivos não são estéticos, são difíceis de adaptar e não são confortáveis (Ferreira et al., 2019). Por conta destas visões ultrapassadas, muitos pacientes postergam ao máximo o início da adaptação utilizando a seguinte justificativa: minha perda ainda não está grave suficiente, vou esperar que piore. Neste momento, perdemos o melhor timing para a adaptação, o momento em que a perda ainda é leve. A adaptação de AASIs durante a perda leve é muito mais fácil, orgânica e natural. Afinal, o impacto da perda ainda é pequeno e foram acometidas apenas algumas frequências, ou seja, a amplificação administrada na regulagem será sutil (Vitti et al., 2019).

Adaptação de aparelhos auditivos

Assim como em qualquer outro tratamento, a intervenção precoce na adaptação de aparelhos auditivos é o melhor caminho e diretamente proporcional aos níveis de sucesso destas. Além de estar associada com o início de algumas demências, a privação auditiva interfere de diversas outras maneiras e em diversos outros âmbitos, como por exemplo, distanciamento social, isolamento e depressão. Além disso, apesar da presbiacusia (perda auditiva por conta do envelhecimento) ser irreversível, o uso de aparelhos auditivos estimula a via auditiva e lentifica o processo de evolução (Maharani et al., 2018).

Sobre a qualidade dos aparelhos auditivos disponíveis

Sobre os aparelhos em si, as possibilidades são inúmeras dentro de um portfólio completo, com qualidade sonora e conforto até mesmo em aparelhos básicos. Em linhas superiores, um aparelho auditivo pode ser muito mais confortável que um fone sem fio de última geração, afinal a retenção do aparelho na orelha é feita de forma customizada.

Sobre as opções e funcionalidades dos aparelhos auditivos

São diversas opções de acoplamento e concomitante a isso temos as funcionalidades do produto, como:  conectividade direta com Iphone, aparelhos recarregáveis com bateria de lítio (com ótima duração da carga durante o dia), pareamento com televisões e afins.

Pode-se dizer que atualmente o uso de aparelhos auditivos, além de amenizar os impactos da perda e amplificar sons (Giroud et al., 2017), também proporciona praticidade para a rotina diária do usuário, com diversas funcionalidades extras.

Por fim, esperar que a perda piore para iniciar o uso é uma decisão que pode comprometer (e muito) o processo de adaptação, sem motivos, afinal conseguimos um resultado estético, confortável e com praticidades extras ao usuário.


Ferreira, Erasmo Daniel, et al. "PERCEPÇÃO DOS INDIVÍDUOS SOBRE O ABANDONO DO APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL." Revista Interdisciplinar de Estudos em Saúde 8.1 (2019): 277-287.

Vitti, Simone Virginia, et al. "SISTEMA WEB DE TREINAMENTO AUDITIVO PARA IDOSO USUÁRIO DE APARELHO AUDITIVO." Journal of Health Informatics 11.3 (2019).

Maharani A, et al. “LONGITUDINAL RELATIONSHIP BETWEEN HEARING AID USE AND COGNITIVE FUNCTION IN OLDER” Americans. J Am Geriatr Soc. (2018).

Giroud N, Lemke U, Reich P, Matthes KL, Meyer M. “THE IMPACT OF HEARING AIDS AND AGE-RELATED HEARING LOSS ON AUDITORY PLASTICITY ACROSS THREE MONTHS - AN ELECTRICAL NEUROIMAGING STUDY.” Hear Res. (2017);353:162‐175.






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